Quando uma vizinha presenteia a outra com uma deliciosa fatia do bolo de aipim que ela acabou de fazer, o pratinho que transportou a tal guloseima ficará retido na casa da beneficiária até que esta possa retribuir a gentileza da comadre com o primeiro quitute gostoso que fizer. Daí ela devolve o pratinho da vizinha e também a gentileza. Isso não é lindo?
Eu vivi muito isso na condição de mensageira, porque normalmente são os filhos que fazem o transporte de guloseimas sob as mais cuidadosas recomendações: - Katita, minha filha, leva esse pedaço de bolo ali pra Dona Coisinha, mas cuidado pra não virar, hein? Vá devagarzinho, não precisa correr!
Cadê que na cidade grande a gente tem tempo de cultivar tão meigos hábitos? Mas não há de ser nada... quando eu for bem velhinha e voltar para o interior vou ser uma vovó suuuuuper gracinha, anota aí.
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