domingo, 13 de março de 2011

Brigadeiro rápido de curar dodói



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Dodóis do dia-a-dia. Pequenas frustrações, estresse, cansaço, problemas familiares... não os meus, mas os chocólatras juram que o chocolate é capaz de senão curá-los, amenizá-los todos.

Os chocólatras às vezes chegam a ser cruéis. Quando digo a um deles que não sou muito chegada em chocolate e meu limite é apenas uma colher rasa de sopa desse brigadeiro aí de cima, comida pelas beiradinhas, muuuuuito lentamente, eles me olham atravessado e desconfiados como que para um ET e vão logo soltando uma série de motivos pelos quais deve ser banido da terra todo e qualquer ser humano que não precisa de chocolate para ser feliz:

NÃO GOSTA DE CHOCOLATE?... me fazendo sentir culpada por algum crime que não cometi;
Mas o chocolate é revigorante, energizante... me fazendo sentir uma lesada;
Estimula a libido... me fazendo sentir uma frígida;
É glamouroso... me fazendo sentir uma jeca;

Gente, me erra? 

Mas eu reconheço o poder que o chocolate tem sobre algumas pessoas, entre elas o meu nego, para quem fiz esse brigadeiro de curar dodói ontem. Toda vez que ele está triste, caidaço, pra baixo, eu passo na Perini para comprar um brigadeirão para ele. Acontece que o dodóizão dele tava tão tão ontem que eu achei que para curar eu que tinha que fazer o brigadeiro eu mesma, porque assim já jogava na panela as minha vibrações de cura para o meu bem-querer. Não havia tempo para esperar o ponto de enrolar, pois a carência de chocolante no seu sangue se fazia urgente. Daí foi no copinho mesmo.

Receita de brigadeiro rápido para curar dodói

1 lata de leite condensado, 4 colheres de chocolate em pó (do frade), 1 colher rasa de manteiga, e mais nada. Mistura tudo na panela em fogo brando até ficar homogêneo e começar a soltar do fundo.

A depender do nível de dependência do paciente, respectivamente, níveis 1, 2, 3 e 4, ele pode comer quente na panela queimando a boca toda, mas não importa; pode esperar esfriar um pouco, mas comer na panela mesmo; esperar esfriar e passar para um copinho - salpicando pozinho de chocolate por cima quando dá tempo; esperar esfriar, dar ponto de enrolar, lambuzar as mãos de manteiga, enrolar e passar no granulado para só depois comer. 

Como vocês podem notar o meu marido encontra-se no estágio 3, com grandes possibilidades de passar ao estágio 4, que é o mais leve. Uma pessoa quase equilibrada, portanto.

Bom, curar, curar, não curou, mas digamos que propiciou alguns minutos de fuga da realidade e umas fisgadinhas de felicidade, que já foi alguma coisa.

A panela da discórdia

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Reza a lenda que muitos casamentos chegaram ao fim, irmãos romperam definitivamente, e amizades de fé acabaram para sempre, por causa de competições para ver quem raspa a panela de brigadeiro... 

É, meus amigos... coisa triste! Eu, hein!

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