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(foto:getty images)

Pra quem está dando os primeiros passos na jardinagem, a orgânica é mais segura, caso erre na mão, o resultado é bem menos desastroso, isso porque os orgânicos são absorvidos lentamente, ao contrário dos adubos minerais(químicos).

Os adubos orgânicos podem ser de origem vegetal ou animal, em decomposição ou já decompostos. Podem ser usados como adubo: húmus de minhoca, esterco de aves ou gado bem curtido, farinha de ossos, torta de mamona, até urina de vaca dissolvida...

Aqui em casa fazemos a compostagem, com restos da cozinha e do jardim, faço numa espécie de caixa de madeira, de tempos em tempos vamos tirando o composto pronto e armazenando pra usar. Existem no mercado caixas e recipientes próprios para fazer a compostagem em casa.

Além da compostagem, usamos muito o húmus de minhoca. Ambos são ricos em microrganismos, que no seu processo metabólico liberam substâncias benéficas no solo, e não vão fazer mal nenhum ás suas plantas, pelo contrário, vão melhorar a estrutura do solo, fornecer nutrientes e ajudar na manutenção da umidade, ou seja, tornar o ambiente mais rico para suas plantas.

A torta de mamona é rica em nitrogênio (esse é um adubo organo-mineral) e a farinha de ossos é rica em fósforo e tem também cálcio, a função do nitrogênio e do fósforo eu falei aqui. Para folhagens, pode-se usar a torta de mamona, já em floríferas use a farinha de ossos. A mistura dos dois em partes iguais também pode ser usada em hortas e vasos com temperos.

Não use essa mistura em jardins onde vivem cães soltos, a farinha de ossos os atrai e a torta de mamona é tóxica para eles (principalmente se seu cão ama fazer buracos no jardim!).

O esterco de gado ou aves deve ser sempre bem curtido, ou poderão fermentar (o processo libera muito calor) e matar suas plantas, isso para quem tiver o esterco em casa, aqueles encontrados no mercado já foram curtidos e podem ser usados normalmente.

Siga sempre a recomendação do fabricante quanto á quantidade, o composto preparado em casa, uso umas 100g por planta de pequeno porte, o esterco de aves 1 colher(sopa) não muito cheia para um vaso pequeno, daí façam uma média para vaso maiores (bom senso sempre!). Eles também podem causar prejuízo se usados de forma incorreta.

O adubo orgânico deve ser sempre incorporado no solo, com um ancinho mexa delicadamente a terra na superfície e misture-o, regue em seguida.

Pra quem tem facilidade de encontrar, a urina de vaca pode ser usada como um biofertilizante, é só colhê-la, deixar em recipiente fechado por 8 a 10 dias e depois dissolvê-la em água. O cheiro não agrada muito, mas funciona...
Para hortaliças: 1 L de urina em 100 L de água, pulverize nas plantas a cada 15 dias. Na alface, deve ser aplicada no solo.
Para frutíferas: 5 L de urina em 100 l de água, aplique no solo, meio litro por planta, 1 L se for já adulta, a cada 3 meses.
Utilize nas horas mais frescas do dia, o cheiro é forte logo depois da aplicação, mas depois acaba.

Se seu vaso tem uma forração, faça uma calda de húmus:
Dissolva 1 xícara(café) de húmus de minhoca em 2L de água e regar normalmente, ou faça uma calda de esterco: misturar 1 K de esterco de gado bem curtido em 10l de água e deixar curtir de 8 a 10 dias. Diluir uma parte de calda em 9 partes de água e regar as plantas.

Caso você use adubação química somente, comece alternando com a orgânica, os adubos com torta de mamona e farinha de ossos, utilize a cada 3 meses, estercos a cada 40 dias e húmus a cada 30 dias. Em vaso de floríferas é ótima essa alternância.

Em algumas plantas mais sensíveis á adubação química eu só uso a orgânica, como é o caso das maria-sem-vergonha, avencas, samambaias, jiboia, bromélias, já em plantas aromáticas e medicinais eu também evito porque serão consumidas. Não tenho nada contra a adubação mineral, uso em minhas plantas ornamentais em casa normalmente, só acho que exigem um pouco mais de atenção quando utilizados.